LiteraturaModernismo: concretismo

• (IF Sul Rio-Grandense 2021)

Bosi (2006) afirma que uma leitura crítica da poesia concreta não deve se embasar em conceitos preestabelecidos. Assim, o primeiro passo seria sentir a experiência concreta, para só depois se debruçar sobre os princípios teóricos que a fundamentam. Um poema concreto seria, primeiramente, uma experiência estética que, através da inovação, buscou romper os limites entre a poesia e as demais formas de arte.
Com base nas análises do autor sobre o movimento concretista brasileiro, é correto afirmar que


A) o marco inicial do Concretismo no Brasil é o lançamento da antologia pré-concreta Noigandres 1, em 1950, com poemas de Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari, em que há poemas em verso desses autores, mas que já se mostravam diversos em relação aos poetas da geração de 45.

B) a poesia concreta brasileira se opunha a uma vertente poética ligada ao intimismo estetizante dos anos 40 e, para isso, buscava inovação na composição do poema que se efetivava basicamente em três aspectos: semântico, morfológico e sintático; nesse último, mais marcadamente pela abolição do verso.

C) as antologias de Noigandres números 2, 3 e 5, publicadas entre 1955 e 1958, apresentam um gradativo distanciamento entre o Concretismo e a poesia de 45, em especial pelo aprofundamento da construção teórica do movimento, visível em textos como o Plano-Piloto da Poesia Concreta, de 1958.

D) os poetas concretos brasileiros buscaram levar ao extremo os processos criativos que marcaram o futurismo, o dadaísmo e o surrealismo, observando-se, nesse sentido, correspondência com a fase mais polêmica do Modernismo de 1922, em que as semelhanças com as vanguardas europeias foram mais marcantes.

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